Phenoma, a cidade dos demônios
Por Bruno Resende Ramos
O céu escarlate sob as estrias de luz dos três sóis acusava uma grande virada na Era de Falcon. Advindos da Era de Dracon, os governantes de Phenoma desciam como abutres nas eleições e junto aos seus demônios cercavam o planeta, obrigando por cotas de ração e água elegerem sua corja. Estavam nos quatro cantos da cidade, não havia como escapar. Adotaram para si um sistema de fácil manipulação das massas chamada democracia para demonstrarem às outras nações e cidade o seu espírito popular.
Sobre aqueles que resistiam o sistema e as leis rubras como de um servidor Lúcifer, sua legião fazia recair uma sentença de morte e maldição.
Sitiados, os seguidores de Alfeu, que se encontravam sempre clandestinamente, apesar do desconforto social, acreditavam nas promessas de um libertador. Seu nome: Zagor.
Zagor era o defensor dos alpheus, das amazonas de Nicéia e dos povos da resistência contra a colonização demoníaca. Ele sabia que seus opressores não se renderiam facilmente à sua mensagem, aliás, nunca, contudo era dotado de grande carisma para persuadir o povo. Se seguisse o código doutrinário dos alpheus eus para a redenção, ele deveria se arriscar até a morte para mostrara autenticidade da sua mensagem. O caminho, cada vez mais tortuoso, deixava claro que a morte seria uma companheira constante.
O Mestre dos anciãos lhe designava missões sobre as regiões inacessíveis de Phenoma para testar-lhe o vigor e a persistência. Ele deveria se tornar um legítimo herói em favor de uma cidade exclusiva dos alienígenas do inferno.
Zagor chegou à liderança do grupo, crescendo nos atributos da realeza de Alpheu. Matara dois leões nas arenas de Nicéia, uma cidade vizinha. O prêmio foi a entrega de duas ombreiras ungidas pelo ancião com as faces dos leões que matou. Sua única fraqueza era o doce olhar de Kerena, a mais bela descendente de Alfeu. Ela não lhe cedia amenidades. Sob os apelos de sua vontade, o recebeu em Nicéia, na casa do fronte, junto ao castelo do Rei Carnágio. Disse não concordar com o seu jeito violento e obstinado pela guerra.
Confundes minha cede de justiça com violência, meu apreço pelo povo como vaidade. Então, não te exasperes mais Kerena... És tu quem não mereces minha afeição.
Negando a ela sua réplica, deu-lhe as costas e seguiu; o que mais a irritou.
Voltou às arenas na semana seguinte e recebeu um cetro com olho de águia. Dirigindo-o aos céus do planeta o vermelho, o cetro o fazia se tingir aios poucos de um raro azul. Se esse objeto fosse projetado sobre certo volume de água, como num espelho, nele se formaria uma tela com conexão ao mundo inimaginável, onde seres superiores poderiam sugerir caminhos a seguir.
Com seus bíceps avantajados abria caminho nas montanhas de pedras do deserto de Airon de onde esperar surgir a cidade submersa de Cantamona, lugar esse livre dos arbítrios dos governantes de Phenoma. Lá os injustos não suportariam viver.
Zagor sofria em seu íntimo por ter de afastar-se de seu povo. Tentando esquecer Kerena mais força imprimia em seus golpes. Agora suava sangue e acumulava insônias.
Quando os três sóis de Phenoma nasciam, Zagor tinha de parar. Descobrissem que debaixo dos seus olhos um alpheu abria caminho entre as ruínas para a libertação dos escravos e trabalhadores da cidade, estaria logo nas mãos dos poderoso. Ele respirava desde então o sentimento das ameaças. "Desistir?... Não, não posso, nunca!" – pensava.
Antes de recomeçar os trabalhos no outro dia, encontrou uma poça de água gerada pelo minar dos fluídos das pedras que escorriam até o solo. Feliz, desembainhou o cetro como uma espada e o direcionou para a pequena poça de água. Viu refletir na parede uma passagem para o outro lugar... Sabia que atrás daquela existia outro lugar. A única coisa que restava a fazer e comunicar ao ancião e trazer junto a si o povo.
Na noite derradeira, chamaria os seguidores para passarem adiante das prováveis câmaras da montanha. Não saberiam esses que a batalha só estava começando. Em nada podia instruí-los.
- Se eu morrer ou falhar, terão de se lutar sozinhos. Aqui podem estar a Rainha Alphena e seus exércitos aprisionados. Temos de ter coragem!
A pedra desceu como uma cortina ao seu toque; junto a ela água e muitos pedaços de madeira...
(Fonte: http://www.brunoadult.blogspot.com/)
Ressalva: Por enquanto esses posts são de outros blogs e sites, mas quando voltar para minha casa criarei algumas se conseguir..
Conclusões....
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